Monday, July 20, 2009

Romanos, 7-8

Cap. 7

1. Acaso ignorais, irmãos ( estou falando a quem entende de leis ), que a lei rege a pessoa só enquanto ela viver?
2. Assim, por exemplo, a mulher casada está ligada por lei ao marido enquanto ele vive. Se, porém, ele vier a falecer, ela estará livre da lei que a prendia ao marido.
3. Portanto, se, em vida do marido, ela se entregar a um outro homem, será chamada de adúltera. Mas, se seu marido for falecido, ela está livre da lei, de sorte que não será adúltera, se se entregar a um outro.
4. Também vós, meus irmãos, morrestes em relação à Lei, mediante o corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, àquele que ressurgiu dos mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus.
5. Quando vivíamos no nível da carne, as paixões pecaminosas, ativadas pela Lei, agiam em nossos membros, a fim de que frutificássemos para a morte.
6. Agora, porém, mortos para aquilo que nos aprisionava, fomos libertados da Lei, de modo a servirmos no novo regime do Espírito e não mais no regime antiquado da letra.
7. Que diremos então? Que a Lei é pecado? De modo algum. Mas foi através da Lei que eu conheci o pecado. Nem mesmo a cobiça eu conheceria, se a lei não dissesse: “Não cobiçarás”.
8. Aproveitando a ocasião oferecida pelo preceito, o pecado produziu em mim toda espécie de cobiça. Pois, sem a Lei, o pecado é coisa morta.
9. Outrora, sem lei, eu vivia; sobrevindo o preceito, o pecado começou a viver,
10. e eu morri, pois o preceito feito para a vida se tornou, para mim, fator de morte.
11. O que houve é que o pecado, aproveitando a ocasião oferecida pelo preceito, me seduziu e acabou me matando.
12. Assim, a Lei é santa, como também o preceito é santo, justo e bom.
13. Então, o que é bom se tornou morte para mim? De modo algum. Mas o pecado, a fim de se tornar conhecido como pecado, se serviu do que é bom para me matar. E assim, através do preceito, o pecado mostrou ao extremo seu caráter pecaminoso.
14. Sabemos que a Lei é espiritual; eu, porém, sou carnal, vendido ao pecado como escravo.
15. De fato, não entendo o que faço, pois não faço o que quero, mas o que detesto.
16. Ora, se faço o que não quero, estou concordando que a Lei é boa.
17. No caso, já não sou eu que estou agindo, mas sim o pecado que habita em mim.
18. De fato, estou ciente de que o bem não habita em mim, isto é, na minha carne. Pois querer o bem está ao meu alcance, não, porém, realizá-lo.
19. Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero.
20. Ora, se faço aquilo que não quero, então já não sou eu que estou agindo, mas o pecado que habita em mim.
21. Portanto, descubro em mim esta lei: quando quero fazer o bem, é o mal que se me apresenta.
22. Como homem interior, ponho toda a minha satisfação na Lei de Deus;
23. mas sinto em meus membros outra lei, que luta contra a lei de minha mente e me aprisiona na lei do pecado, que está nos meus membros.
24. Infeliz que eu sou! Quem me libertará deste corpo de morte?
25. Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. Em suma: pela minha mente sirvo à Lei de Deus, mas pela carne sirvo à lei do pecado.

Cap. 8

1. Agora, portanto, já não há condenação para os que estão no Cristo Jesus.
2. Pois a lei do Espírito, que dá a vida no Cristo Jesus, te libertou da lei do pecado e da morte.
3. Com efeito, aquilo que era impossível para a Lei, em razão das fraquezas da carne, Deus o realizou enviando seu próprio Filho em carne semelhante à do pecado, e por causa do pecado. Assim, Deus condenou o pecado na carne,
4. a fim de que a justiça exigida pela Lei seja cumprida em nós, que não procedemos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
5. Os que vivem segundo a carne se voltam para o que é da carne; os que vivem segundo o Espírito se voltam para o que é espiritual.
6. Na verdade, as aspirações da carne levam à morte e as aspirações do Espírito levam à vida e à paz.
7. Portanto, as aspirações da carne são uma rebeldia contra Deus: não se submetem — nem poderiam submeter-se — à Lei de Deus.
8. Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus.
9. Vós não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o Espírito de Deus mora em vós. Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo.
10. Se, porém, Cristo está em vós, embora vosso corpo esteja morto por causa do pecado, vosso espírito está cheio de vida, graças à justiça.
11. E, se o Espírito daquele que ressuscitou Cristo dentre os mortos habita em vós, aquele que ressuscitou Cristo dentre os mortos vivificará também vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós.
12. Portanto, irmãos, estamos em dívida, mas não com a carne, como devendo viver segundo a carne.
13. Pois, se viverdes segundo a carne morrereis; mas se, pelo Espírito, matardes o procedimento carnal, então vivereis.
14. Todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
15. De fato, vós não recebestes espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes o Espírito que, por adoção, vos torna filhos, e no qual clamamos: “Abbá, Pai!”
16. O próprio Espírito se une ao nosso espírito, atestando que somos filhos de Deus.
17. E, se somos filhos, somos também herdeiros: herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, se, de fato, sofremos com ele, para sermos também glorificados com ele.
18. Eu penso que os sofrimentos do tempo presente não têm proporção com a glória que há de ser revelada em nós.
19. De fato, toda a criação espera ansiosamente a revelação dos filhos de Deus;
20. pois a criação foi sujeita ao que é vão e ilusório, não por seu querer, mas por dependência daquele que a sujeitou.
21. Também a própria criação espera ser libertada da escravidão da corrupção, em vista da liberdade que é a glória dos filhos de Deus.
22. Com efeito, sabemos que toda a criação, até o presente, está gemendo como que em dores de parto,
23. e não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos em nosso íntimo, esperando a condição filial, a redenção de nosso corpo.
24. Pois é na esperança que fomos salvos. Ora, aquilo que se tem diante dos olhos não é objeto de esperança: como pode alguém esperar o que está vendo?
25. Mas, se esperamos o que não vemos, é porque o aguardamos com perseverança.
26. Da mesma forma, o Espírito vem em socorro de nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pedir nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos inefáveis.
27. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito, pois é de acordo com Deus que ele intercede em favor dos santos.
28. Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio.
29. Pois aos que ele conheceu desde sempre, também os predestinou a se configurarem com a imagem de seu Filho, para que este seja o primogênito numa multidão de irmãos.
30. E àqueles que predestinou, também os chamou, e aos que chamou, também os justificou, e aos que justificou, também os glorificou.
31. Depois disto, que dizer ainda? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
32. Deus, que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como é que, com ele, não nos daria tudo?
33. Quem acusará os escolhidos de Deus? Deus, que justifica?
34. Quem condenará? Cristo Jesus, que morreu, mais ainda, que ressuscitou e está à direita de Deus, intercedendo por nós?
35. Quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada?
36. Pois está escrito: “Por tua causa somos entregues à morte, o dia todo; fomos tidos como ovelhas destinadas ao matadouro”.
37. Mas, em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou.
38. Tenho certeza de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potências,
39. nem a altura, nem a profundeza, nem outra criatura qualquer será capaz de nos separar do amor de Deus, que está no Cristo Jesus, nosso Senhor.

Fonte: http://www.bibliacatolica.com.br/02/52/8.php

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